Julgar o Homem Contemporâneo
apto à República (prefiro a Monarquia) equivale a conceder CNH's aos Primatas ¹!
De tempos em tempos experimentamos a chamada “Festa da Democracia”! Sem dúvida
é uma festa, pois se trata de um evento no qual todos nós pegamos nossos
títulos de eleitor como se fossem cartões de crédito e damos de presente para o
aniversariante (o espertalhão eleito) um salário o qual a maioria de nós
morrerá sem ter idéia do quanto é!
Discussões fúteis ² em meios de transporte
publico abarrotados tentam convencer interlocutores incrédulos sobre a
Honestidade deste ou daquele político! BALELA! “Honestidade” e “Política” são
palavras que não rimam!³ Eu já disse em outro lugar 4 que votarei no
cara que utilizará transportes públicos, tratará de sua saúde em postos de
saúde e matriculará seus filhos em Escolas Estaduais! Votarei no homem comprometido
com a Coisa Pública e que, por isso mesmo, terá vergonha do salário que lhe for
oferecido e o recusará! Votarei no candidato que não admita gastar mais que R$
3000,00 numa campanha 5! Concluía meu raciocino dizendo que,
provavelmente morreria sem ter em quem votar.
Agora falemos da Monarquia, na
esperança de que ao menos uma pessoa que vier a ler este texto compreenda a
razão de seu título. Ressaltemos já de saída que não me refiro àquela monarquia
frágil praticada em locais como a Inglaterra! Parlamentares no poder serão
idênticos aos políticos que já temos hoje! Refiro-me à Monarquia Absolutista, na
qual o Rei não tenha necessidade de roubar, pois tudo lhe pertence! Chega de
dinheiro na cueca! Se tal Rei tornar-se tirano, basta o enforcarmos! Se não for
tão tirano assim, basta esperar que envelheça! Acha loucura esperar uma vida
inteira para ter um governo melhor? Eu não acho e você entenderá o motivo no
final do parágrafo seguinte!
O que fazer com um governador
corrupto? Substituí-lo? Por quem? O próximo será igual ou pior! Existem
políticos honestos? Talvez, mas a máquina política que temos atualmente em
funcionamento impossibilita qualquer atividade totalmente inquestionável por
parte destes indivíduos! Decidir envolver-se em política, hoje, é estar
dispostos a entrar no jogo, aceitando ganhar junto (ganhos ilícitos, diga-se)
ou fazendo vista grossa para o movimento em sua volta! Perturba-me viver esta
vida na qual passo meus anos governado por homens escolhidos pela Veja e pela
Globo! Ou há alguém aí que acredita que a massa tem opinião própria? Alimentamos
a tola crença de que o governante é trocado a cada 4 anos! Isto é uma ilusão! O
Presidente é uma entidade corrupta e imortal! O Rei seria trocado no tempo de
uma vida! O presidente não é trocado nem depois de muitas gerações!
Vida Longa ao Rei!
Notas:
¹ Embora eu deva admitir que primatas dirigiriam
melhor que alguns camaradas “habilitados” que vejo por aí.
² Em época de copa todos se tornam especialistas em
futebol! Em época de eleição, tornam-se verdadeiros Cientistas Políticos.
³ Comentários de que sou um tolo ao generalizar
este posicionamento em três, dois, um ...
5 “Um bom PC custa R$ 2000,00 e uma
câmera digital, uns R$ 500,00! Panfleto é lixo!”
A opinião é provocadora, mas acreditar que uma Monarquia Absolutista é melhor que um regime democrático é meio perigoso.
ResponderExcluirEsse regimes também eram manipuláveis, já que a Coroa fazia leis, as executava e julgava o que era certo e errado. Deu no que deu. O corte do pescoço do Rei francês no século XVIII apontou como as coisas poderiam ser diferentes.
Sem contar que grupos apoiavam ou conspiravam contra a Coroa de modo muito pior do que os partidos políticos dos regimes representativos carcomidos que temos hoje. Mal conseguiria enumerar as intrigas palacianas das cortes da Idade Moderna.
Sinceramente, o que você descreveu aí, acompanhado dessa descrença pelos regimes de dissenso, a ideia que politica e corrupção são a mesma coisa, e etc., já teve muito eco no século XX, nos regimes de inspiração nazifascista. (não estou dizendo que você seja fascista..rs)
Continuo acreditando na Democracia. Sei que ela é frágil demais no Brasil, um país de passado escravista e colonial, que para piorar passou por um obscuro momento de ditadura. Por essas e outras, um autor que não lembro o nome disse que o Brasil nunca teve POVO, teve PÚBLICO.
As discussões políticas dos brasileiros do metrô realmente são sofríveis, mas é assim que precisa ser. Felizmente no Brasil o voto é obrigatório, um lembrete de que não temos o direito de pensar só em nós. É um dever de Cidadão, inspirado, olha só naqueles gregos da antiguidade, mas poderia ser também nas multidões furiosas de Atenas atualmente...
Resumindo: o que precisamos é de uma reforma política radical, com ampla participação popular, que desemboque numa democracia mais participativa e menos representativa.
Como faremos isso? É um longo caminho, é provável que o Brasil não consiga, já que para piorar, somamos nossos vícios colonias com o individualismo mais tosco, importado do Norte. Fora que não podemos pensar em perfeição quando o assunto envolve seres humanos.
Eu prefiro pensar que podemos.
Honestamente, Mestre Newton, eu teria ficado profundamente decepcionado se o senhor não tivesse participado deste diálogo e se não tivesse empregado o raciocínio que apresentou!
ResponderExcluirPor outro lado, devo adverti-lo que não abdicarei deste meu posicionamento! Estou plenamente ciente da fragilidade do mesmo, como bem evidenciou o senhor em seu comentário, mas preciso mantê-lo, como evidência de minha própria decepção com o Modus Operandi da República atual!
O fato é que não haverá proposta política ou econômica que surta qualquer efeito real e profundo na vida da comunidade humana se não ocorrer, antes, uma profunda discussão sobre a própria postura humana no mundo! Depois disto (supondo que isto seja/fosse possível), aí pouco importará se estaremos assistidos por Rei ou Presidente, pois estaremos dirigidos pela Ética!