Cabeçalho

Há anos ocorrem ricos diálogos sobre Civilização Humana e Filosofia, Teologia, História e Cultura em geral! Tudo que possa interessar a alguém que espera da vida um pouco mais que outra temporada de BBB! Após diversos convites a tornar públicos estes diálogos, está feito! Quem busca uma boa fonte de leitura, por favor, NÃO VISITE este site. O que esperamos, de fato, é a franca participação de todos, pois não se chama “Outros Discursos”.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Reflexões Espirituais!

Não é raro sonhar que estou escrevendo ou compondo algo; material de excelente qualidade, pelo menos é a impressão que o sonho sempre me deixa, porém, na vigília, lembro apenas do ato da criação, jamais do produto! (lástima!) Deve ser algum mecanismo de defesa do espírito, para evitar a descoberta de que a coisa não era tão boa assim! Nesta noite sonhei que estava no trabalho, como agora, e escrevia para o blog, como faço neste momento. Inusitado foi, ao acordar, lembrar-me do título do texto, “Reflexões Espirituais”. Na ausência de conteúdo (não recordava uma palavra), me foi oferecido outro pela própria vida; em função de um curto diálogo com a Pensadora Luciane Trevisan (indico que sigam @Isso_ou_aquilo e visitem http://isso-ou-aquilo.blogspot.com/. Idéias de qualidade!) ocorreu-me uma imagem que não cheguei a apresentar naquela discussão, mas a evidencio agora.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Olhar para o Simples!

Eu trabalho no 9º andar de um pequeno edifício no centro de São Paulo. Na tarde de ontem, em busca de um café (sou viciado em café), tive de subir ao 10º andar, uma vez que a máquina de café de meu andar estava em manutenção. Na minúscula e deserta copa, após pressionar o botão “cappuccino” e enquanto aguardava o preparo da bebida, observei um pequeno pedaço de papel esquecido sobre o balcão no qual se almoça. Sem preocupar-me com detalhes ou precisão, o rasguei em alguns pontos e dobrei em outros, formando assim um helicóptero de papel que havia aprendido a fazer em minha distante infância. Trata-se de um objeto simples, com duas hélices e um pendulo; quando lançado ao ar cai, mas as pás retardam a queda e giram o conjunto ao redor do próprio eixo, como algumas sementes de árvore.
O interessante foi o fenômeno observado ao lançá-lo da janela do 10º andar. Não sei se o calor externo gerava alguma corrente ascendente ou se a configuração dos prédios tornava vertical algum vento horizontal que por ali passava; o fato é que o objeto não caiu; girava freneticamente como era de se esperar, mas pairava na região abismal frente à pequena janela da qual o assistia tomando o amargo café com pouco leite e muita água chamado “cappuccino” pela empresa responsável pela máquina. O objeto assistido por vezes perdia a força, descendo à altura do 9º andar, noutros momentos a recuperava, elevando-se para além do 12º. Tomava coragem e aventurava-se para mais de 10 metros de distância da janela da qual procedia – um filho abandonando o pai para seguir a própria vida!
Ele não caiu enquanto estive lá, talvez o único ser vivo a presenciar aquele momento único no Universo, o qual jamais se repetirá. O trabalho obrigou-me a dar-lhe as costas, assim, ignoro por onde passeou, por quanto tempo voou e onde aterrissou. O fato é que desde então - e por isto escrevo agora - fiquei a me perguntar, neste mundo de telejornais e novelas, e-book’s, laptop’s e IPad’s, carros importados, viagens, trabalho, lucro, consumo, prazer, etc., quantas vezes as pessoas se permitem fitar o simples? Acompanhar a suave decida de uma pena desprendida de um pássaro! A lenta viagem de uma nuvem e suas mudanças de forma neste caminho! A incessante labuta das formigas! O amarelar das páginas e um bom e velho livro! o sorriso de um filho e a inocente incoerência de seus discursos! Tanta coisa, em tão curta vida! Tanta beleza desperdiçada, tanta riqueza ignorada! Até quando ficaremos olhando o lado errado? Em qual momento despertaremos para o que tem real valor? Quando aprenderemos a Olhar para o Simples?

terça-feira, 19 de julho de 2011

Responsabilidade! Hora de despertar!

Hoje ela me acordou amorosa e gentil como uma mãe! Chamou-me pelo nome, convidando-me ao despertar! "Responsabilidade" é o seu nome! Eu ouvi sua voz e quase vi seu rosto. Não era um sonho libidinoso! Não era mulher para amar ou desejar, mas sim um sentimento para assumir e viver! Algo terno, mas firme e rígido! Frio, de fato, pois sem remorso convidava-me a lançar mão da proteção das cobertas e mergulhar no frio físico e emocional do dia que se iniciava.
Ter responsabilidade é algo duro; dá saudade da infância e da facilidade de transferi-la aos pais, professores, aos adultos em geral. Agora, ela se torna pessoal e intransferível, e ainda assim é possível vacilar em assumi-la. Quantas vezes ela nos visita, como fez comigo nesta manhã, e quantas vezes a ignoramos, procrastinamos tarefas, reduzimos nossas atividades ao mínimo indispensável, abrindo mão do uso eficiente de nossas habilidades, competências e tempo em função de algum falso conforto, um momento de tranqüilidade aqui ao custo de atraso, correria e baixa qualidade ali. O que escrevo é menos um sermão ao interlocutor que um apelo individual a mim mesmo! Que eu não esqueça a voz que me chamou nesta manhã e que não mais tarde em assumir minhas funções na presente existência! Que a Responsabilidade me acolha e oriente, tornando meu tempo algo a ser investido, jamais desperdiçado!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Desaforo

Em 07/07/2010 observei alguns eventos os quais, no mesmo dia, compartilhei com amigos no texto que segue. Retomo-o agora e o posto neste canal esperando fomentar discussões sobre o comportamento humano.
“Esta manhã (07/07/2010), à caminho do trabalho, aprendi uma palavra nova, “Desaforo”. No metrô observei de longe um sujeito sendo arrastado pelo segurança da companhia para um vagão; provavelmente vinham de uma recente briga, sendo do segurança a tarefa de separar os participantes. O sujeito que assisti gritava alucinadamente “Eu não vou levar desaforo pra casa!”. Aprendi mais esta. Uma palavra mágica, pois se já não fosse ínfima a centelha de humanidade que esta criatura chamada “Homem” carrega consigo, ganha o direito de aniquilá-la, reduzindo-se a comportamentos inferiores aos de animais e mergulhando no oceano da agressividade, intolerância e rispidez, quiçá fúria. Impossível torna-se a conjugação do verbo desculpar, sobretudo o emprego de “Desculpe” ou “Desculpo”. A sentença “Eu não vou levar desaforo pra casa!” parece legitimar todo este absurdo, sentindo-se até ofendido aquele que não tem o direito de revidar o malfadado “desaforo” supostamente sofrido. Senhor interlocutor, consciente que sou do fato de 99% das pessoas julgarem a máxima “Eu não vou levar desaforo pra casa!” muito mais importante que qualquer mínima inclinação á paz e à boa vontade - ao Ser Humano de fato - solicito que não me julgue desaforado e não aponte para mim sua arma. Não pretendo iniciar qualquer briga, portanto, tranqüilize-se. O senhor não levará desafora pra casa.”

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Festa da Democracia

Há um bom tempo o desencantamento pela vivência política levou-me ao abandono do Voto. Para evitar constrangimentos em minha vida profissional, não falto ao evento, mas raramente aponto alguém (voto nulo). Com o passar do tempo e o amadurecimento daquele descontentamento cheguei a 3 Critérios de Avaliação, os quais mantinha em meu coração, tendo sido escritos efetivamente apenas hoje. Os publiquei noutro canal (Twitter / @phdcelo), e os transcrevo aqui a fim de fomentar diálogos à respeito. São eles:
  1. Um bom PC custa R$ 2000,00 e uma câmera digital, uns R$ 500,00. NÃO VOTAREI em quem gaste mais que isto numa campanha! Panfleto é lixo!
  2. Um homem verdadeiramente comprometido com a Coisa Pública terá vergonha do salário que lhe é oferecido e o recusará!
  3. Este homem utilizará transportes públicos, tratará da saúde em postos de saúde e matriculará seus filhos em Escolas Estaduais!
Naquele canal eu concluía o raciocínio dizendo “Acho que morrerei sem voltar à participar da "Festa da Democracia’!”. Não tenho objetivo de levar um eventual interlocutor ao abandono do voto! Minha esperança é que exista, em algum lugar neste mundo, prova LEGÍTIMA de que estou errado em meu desgosto!