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Há anos ocorrem ricos diálogos sobre Civilização Humana e Filosofia, Teologia, História e Cultura em geral! Tudo que possa interessar a alguém que espera da vida um pouco mais que outra temporada de BBB! Após diversos convites a tornar públicos estes diálogos, está feito! Quem busca uma boa fonte de leitura, por favor, NÃO VISITE este site. O que esperamos, de fato, é a franca participação de todos, pois não se chama “Outros Discursos”.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Filme: Um novo despertar (The Beaver) - 2011

Certas conversas “entram na moda”, pode perceber. Atualmente pega bem dizer que os ambientes da aventura humana no Universo estão saturados. Agora, no cinema “pós Matrix”, bom mesmo é desbravar a “Terrae Incognitae” da mente humana, o verdadeiro lugar inóspito, a Troglodícia dos tempos atuais.

Para isso então, dá-lhe efeitos especiais luminosos e barulhos ensurdecedores em piruetas ininteligíveis. Nós, espectadores, ficamos atônitos com aquilo tudo, e saímos das sessões de cinema com cara de conteúdo, como se esse mistério da mente humana fosse alguma coisa descoberta agora pela sétima arte (dó). Coisa comum de nossa época, ai de você se criar caso!

Pois é. Quando menos se espera, um filme aparentemente simples, com enredo que pode ser alvo de chacota de um desavisado nos pega de surpresa e, pasmem, sem nenhuma pirotecnia, nos revela o lado mais obscuro da alma humana.

O filme “the Beaver”, ou seja “o Castor”, teve seu título oportunamente mudado para “Um novo despertar”, com certeza para repelir menos as audiências, trata de uma história no mínimo esquisita: um pai de família, engolido pela depressão, tem uma crise e se deixa guiar por um fantoche de pelúcia! O bichinho toma as rédeas da sua vida, reconstruindo-a em diversos aspectos, ao mesmo tempo que a corrompe.

Se você ainda está lendo esse texto, veja bem, não é uma comédia! Ao menos não no sentido normal da classificação. Essa obra cinematográfica dirigida por Jodie Foster segue uma linha parecida com a do filme “Pequena Miss Sunshine” (2006), ao tratar de um sério problema contemporâneo com pitadas de comédia sem optar pelo alivio cômico. É um humor incômodo, sem a baixeza do que chamam por aí de “sarcasmo” ou “humor-negro”, rótulos usados para disfarçar qualquer tipo de vulgaridade no bizarro século XXI.

A metáfora do homem guiado pelo fantoche pode ser desdobrada em diversos aspectos: a força interior humana precisa de um agente externo para ser aplicada a algo? Quando as “muletas” que nos ajudam a caminhar se tornam empecilhos? O que nos faz acreditar que podemos fazer algo que não achávamos plausível?

Para finalizar, destaco aqui a boa atuação de Mel Gibson. Mediano, ele sempre teve seu ponto forte na interpretação de pessoas desequilibradas. Neste filme, o vemos em bom trabalho. Infelizmente, o ator está às voltas com problemas fora dos sets de filmagem o que pode prejudicar o desempenho do filme fora das telas.

De qualquer forma, recomendo a obra, com certeza uma geradora de muitos e bons diálogos!

Um comentário:

  1. Boa Noite!
    Lamentavelmente a situação frenética do último mês me impediu de assistir o filme tão bem analisado no presente texto. Espero assisti-lo em breve. Tenho certeza que é acertada a afirmação "De qualquer forma, recomendo a obra, com certeza uma geradora de muitos e bons diálogos!"

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