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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Um Desvio na Luz

Em 29 de dezembro, @phdcelo (twitter) publicou as seguintes "inferências do dia":
·         "Sonhei que a luz se deslocava em curva como característica própria do seu movimento, mesmo sem interferência gravitacional."
·         "Refletindo sobre a 1ª inferência ocorre-me que é possível! (que a luz realize uma curva sem interferência da gravidade)"
Em outra mídia social fui convidado a esclarecer este ponto, o que faço agora.

Não sou físico, portanto, não domino o que exatamente seja a luz, mas houvi dizer que se comporta tanto como partícula quanto como onda. A mim, por ora, interessa a partícula. Um feixe muito fino de luz deve ser composto por uma grande quantidade de partículas (fótons?) andando paralelamente numa velocidade descomunal (300 mil km/s?). Este feixe seguirá, supõe-se, em linha reta indefinidamente até que seja interrompido ou desviado. Isto não explica, todavia, porque não somos assados pelas centenas de estrelas espalhadas pelo céu, seja dia, seja noite. No vácuo a distância não deveria ser relevante.
Já ouvi sobre a tal "matéria escura", a qual preencheria o espaço interestelar (aproveito para recomendar o filme com este nome. rs) e seria responsável pela degradação da potência luminosa com o passar dos anos luz (a forma do texto pode sugerir passar de tempo, mas falo de distância). Até que a veja demostrada, a teoria da "matéria escura" me parece um ex-machina, "sacado da manga" para explicar algo mal compreendido.
Mas sem matéria escura, como não somos cozidos? Se há mais espaço entre astros que astros, não se pode falar em um "baile" de influência gravitacional desviando o excedente da luz, então, o que o desviaria? Talvez a própria luz! Voltemos ao feixe e sua linha reta infinita.

Para facilitar o raciocínio, reduzamos o incontável número de partículas a duas partículas paralelas. Em um espaço pequeno (poucos bilhões de quilômetros) as duas partículas seguiriam perfeitamente alinhadas, não havendo angulo entre as retas traçadas por cada uma delas. Sendo muito pequenas e prezas à força da inércia derivada de sua imensa velocidade, apenas depois de percorrer distâncias incalculáveis é que o irrelevante desvio que uma causa na outra seria notado. Como estas partículas possuem, creio, alguma carga eletromagnética, ouso supor que sejam iguais (caso contrário a luz atrairia a si mesma e se neutralizaria antes que pudesse ser vista por qualquer observador). Se assim for, tais partículas tendem a se repelir, levando a uma abertura mínima no ângulo entre as duas retas, o qual era zero até instantes (ou séculos) atrás. Imaginemos, então, que esta abertura seja ínfima, uns "0,16 x 10-6" graus. Mesmo algo tão pequeno, atravessados outros séculos luz (novamente, falo de distância) culminaria em um "senhor" desvio. Trazendo este raciocínio ao feixe real, com muito mais que duas partículas, teríamos a luz se abrindo como uma flor, jogando resíduo luminoso em diversas direções como pétalas antigas e muito pouco do feixe original atingindo seu destino em linha reta.

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