Este texto foi concebido originalmente
para ter duas partes: Na primeira (para vê-la clique aqui)
foi exposto o fundamento que levou à ideia. Não segunda (feita terceira) será
apresentada a expansão máxima da ideia. Enquanto escrevia, porém, as musas (Não
sou místico. Acho que já ficou claro meu gosto por estes recursos literários)
decidiram revelar-me um nível intermediário da mesma ideia.
Antes de seguir, porém, preciso alertar
que se você não leu a primeira parte nem assistiu ao vídeo ali indicado nada
aqui fará sentido (com efeito, creio que não fará sentido nem que o faça).
Passemos à "revelação".
Se o raciocínio de quarta dimensão está
claro para você, já deve ter percebido que nossa mente não é capaz de perceber,
nem mesmo conceber como seria a quarta dimensão. Só podemos realizar
representações em 3D extremamente precárias do que seria um mundo 4D.
Como não disponho de recursos materiais
e temporais, não posso oferecer vídeos que facilitem a compreensão do que
penso. Resta-me apontar direções e esperar que você seja capaz de intuir o
restante:
Faça um esforço imaginativo e coloque à
sua frente um conjunto de argolas com diâmetro igual.
Com "fita adesiva imaginária"
fixe todas as argolas em um ponto comum e, como quem abre um leque, afaste em
distâncias iguais o ponto oposto ao que fixou. Você terá criado uma figura
tridimensional muito parecida com a dos campos magnéticos.
Agora, ainda por esforço intelectual,
imagine que este objeto 3D seja uma representação tridimensional de um fluxo
quadridimensional inimaginável. Quando seccionamos um objeto 3D obtemos um
ponto 2D do mesmo. Uma chapa. Se seccionamos o objeto feito com as argolas
teremos dois círculos concêntricos, um formado pelo ponto no qual as argolas
foram unidas, outro pelos pontos nos quais foram afastadas. Não há raios, pois
as argolas não atravessam inteiras o ponto que cortamos; apenas o tocam ali
onde os dois círculos se formaram.
Agora realize dezenas de cortes, todos
no mesmo ângulo, só que cada corte um pouco mais alto ou mais baixo que o corte
anterior. Vamos criar um desenho animado visualizando em sequência cada corte.
Se me fiz entender, ao introduzir o
movimento você partirá de um círculo muito pequeno (quase um ponto) e um maior
(dobro do diâmetro das argolas iniciais); verá o primeiro em expansão e o
segundo em contração até se encontrarem num único círculo de diâmetro idêntico
ao das argolas iniciais. Em seguida se dividirá novamente, um contraindo-se até
quase um ponto, o outro expandindo-se até o diâmetro limítrofe (dobro da
argola). Colocando em "looping" você verá algo que parece pulsar.
Agora imagine este mesmo "desenho
animado" acontecendo em proporções colossais. Você, que continua
minúsculo, não pode apreender todo o fluxo de uma vez, portanto, acaba se
colocando em um dos círculos para acompanhá-lo, digamos, no menor.
Ali está você, um observador ao lado de
um círculo tão pequeno que é quase um ponto. Pressionado o “play” começa a mais
fantástica aventura existencial. O ponto começa seu processo de expansão (Big
Bang?). Você está na borda crescente de um circulo 2D obtido do corte de uma
estrutura 3D. Esforce-se um pouco mais e imagine que, se a estrutura 3D é uma
precária representação de uma existência 4D inimaginável, o circulo 2D é, na
verdade, a representação de uma existência 3D imaginável (Universo). O círculo
vazio passa a ser uma esfera com conteúdo. Quanto mais se expande, maior a
distância entre seus elementos internos (galáxias?). Lembre-se, porém, da
figura pulsando do nosso "desenho animado". O círculo/esfera se
expandirá até certo limite, iniciando um processo de implosão, recomeçando o
ciclo em seguida.
O que quero mostrar é que a mesma figura
elementar dos campos magnéticos, do ciclo energético nas árvores e do ciclo da
água na Terra pode ser vista também como trilho condutor do ciclo de formação e
aniquilação de universos.
Releia este texto, reflita sobre a
imagem, questione se necessário. Na próxima semana concluiremos nossa jornada
rumo a Yggdrasil.
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