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Há anos ocorrem ricos diálogos sobre Civilização Humana e Filosofia, Teologia, História e Cultura em geral! Tudo que possa interessar a alguém que espera da vida um pouco mais que outra temporada de BBB! Após diversos convites a tornar públicos estes diálogos, está feito! Quem busca uma boa fonte de leitura, por favor, NÃO VISITE este site. O que esperamos, de fato, é a franca participação de todos, pois não se chama “Outros Discursos”.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Não aguento mais Café com Leite

Quando digo que me oponho a estas manifestações, eu - que tenho orgulho de anunciar que não votei na Dilma (muito menos no Aécio, vale registrar) - sou acusado de petista. Qual a dificuldade deste povo em perceber que suas supostas ações "apartidárias" são meros bonequinhos à mercê de dedos plenamente partidaristas aos quais estão presos pelas finas linhas da mídia?

Alerto-vos: Não existe apartidarismo. Lutar pelo melhor do país é, por definição, tomar um partido. Não é possível abster-se de política. Eu sei. Já ousei me declarar apartidário. Desejar o melhor para um grupo social ínfimo (quanto mais para um Estado) e apresentar publicamente sua intenção já é, por definição, uma ação política. Emitir opinião, se orientada para questões da pólis, é uma ação política. Fazê-lo neste cenário de conflitos e divergências, com tantos grupos puxando cada um para um lado, é tomar partido.
Não aprovo o evento de 15/03/2015. As “sete bilhões de pessoas” que estiveram na Avenida Paulista não me representam. Impedir políticos de subir ao palanque é “bonitinho”. Emociona. Toca o coração de quem ficou em casa. Dá a ilusão de um movimento plenamente patriota. ILUSÃO! Não há pauta. Não há coerência. Pede-se impeachment para a presidente. Para quê? Lançar o país nas mãos do vice DELA? Gritam “Fora PT” para quê? Colocar o país nas mãos do partido que está lá por acordos políticos com o próprio PT? “Dilma renuncia” beneficia um país ou um partido? Faço votos de que ela permaneça até o fim do mandato, por mais que estes eventos tenham fortalecido forças e vozes de oposição (novamente pergunto, estes eventos favorecem um país ou um partido?) e tenham prejudicado a governabilidade.
Quero políticos no palanque. Quero bandeiras dos partidos em todos os lados no momento da manifestação. Isto é transparência. Dia 15 estava plenamente embebido (quiçá atolado) de partidarismo, mas de uma forma asquerosamente velada. Escondida. Quando não, desconhecida (e isto é o pior). A liderança partidária evidente denota organização, possibilita o desenvolvimento coerente de pautas, exigências, propostas, e possibilita o mínimo de aplicabilidade dentro do que se pede. Antes de me acusar de tendencioso, reflita: Terminado o mandato de Dilma ou Temer, não é no “Carlinhos da Paulista” que você votará, a menos que ele funde um Partido da Panela do Brasil, ou se vincule a um partido pré-existente. Olha aí o partido de novo.

Deixemos de alimentar este ridículo "Café com Leite" instaurado sobre dois partidos como se fossem as únicas opções disponíveis. Votem no Zé da esquina, do partido RTYHNBJKIUGONJOH do Brasil. Escolham com a prerrogativa da alternância democrática em mente e se estão tão incomodados com a situação do país, escolham quem NUNCA ESTEVE LÁ! Parem de ver pesquisas (e, por favor, percebam que esta porcaria só existe por ser um EXCELENTE MÉTODO DE CONDICIONAMENTO) e não escolham o candidato em função de tendências. Não escolham por ser mais provável que este ou aquele vá para o segundo turno ou exclusivamente por não querer o outro. Escolham um candidato e prossigam com ele até o fim, mesmo que as pesquisas indiquem que ele só terá dois votos. Ele nunca terá verdadeira oportunidade de provar seu valor político enquanto os votos forem decididos por emissoras de TV e institutos de pesquisa. FORA PT? Concordo. Mas é imprescindível FORA PSDB também!

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