Nesta noite (sonho de 16/10 anotado apenas em 20/10) sonhei que assistia uma série. Como todo o sonho, a realidade ali retratada é meio fluída, então, ora eu via a coisa na TV, ora eu via a coisa na minha frente, estando eu mesmo ali na rua, vendo acontecer o que vou descrever a seguir.
Havia uma moça trajando um vestido de um vermelho muito vivo; No sonho eu assisti um único episódio, mas tinha a lembrança de acompanhar a série e a moça alternava entre o vestido vermelho e outro, de uma cor mais inclinada ao rosa, ou pink, igualmente muito vivo.
A paleta de cores do programa importava, pois a moça e seu vestido eram sempre apresentados com as cores vivas, mas todo o resto do mundo, a casa, a rua, os interlocutores, eram empalidecidos, desbotados, quase preto e branco.
A casa da moça tinha portão baixo, desses que você pode se apoiar e conversar com quem está fora, sendo está a dinâmica da série: as pessoas da rua, jovens jogando bola, vizinhos, transeuntes, tinham um problema pontual qualquer, passavam por ali e recebiam concelhos da moça. A dinâmica da série consistia em haver uma situação problema por episódio, solucionada pelos concelhos da moça.
Perto do final do sonho uma voz feminina oriunda de um personagem ausente (como quando você vê uma reportagem de jornal, mas o/a jornalista fala sem ser visto/a, pois a tela exibe imagens daquilo que ele/a está comentando, não dele/a), começou a explicar a simbologia do programa: O vestido da moça, ora vermelho, ora pink, a colocava como que representando uma bougainvíllea (primavera) plantada naquela casa, personificada pela moça, mas devolvida à sua forma e cor pelo vestido. A planta, assumindo forma humana, se convertida em uma espécie de mentor espiritual dos demais personagens, inspirando-os na direção das melhores decisões. A diferença de coloração remetia à vivacidade da moça/planta, em contraste com o cinza da vida, da rotina, despida de beleza pela nossa falta de atenção à própria beleza.
Acordei.
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