Mal compreendendo o funcionamento destas tecnologias tão disseminadas na sociedade contemporânea, falta-me intimidade com este alienígena, o “Blog”, e o seu funcionamento. Isto posto, ignoro a melhor forma de inaugurar um, o texto mais apropriado, “Boas Vindas”, etc. Decidi então desconsiderar a novidade do presente site, tomando-o como pré-existente, e escrever como se apenas o continuasse. Isto não é falso, já que ele se origina de diversas discussões travadas com amigos e não poucos convites a tornar públicas nossas conclusões por meios como este.
Liberto do compromisso de inaugurar o meio, retomo meu compromisso final, à saber, o da constante reinauguração do Intelecto Humano; em outras palavras, espero que através dos Diálogos aqui travados (portanto, os comentários são mais importantes que as postagens. São Fundamentais), possamos fomentar constante reflexão, crítica, construção e reconstrução do Espírito Humano. Este não é um site para mudar o mundo, tampouco para salvar indivíduos (transbordam igrejas para isso), mas para perturbar perturbados. Lembrem-se daquela palavra a qual certa vez precisava ser dita, numa conversa qualquer, e que insistia em escapar. Uma palavra ou nome qualquer “engrenagem”, “substrato”, “Jacarepaguá”, a qual se apresentava à mente quase escrita, com peso, cor e textura, mas não saia. Estava na ponta da língua. Para mim, esta sensação de “ponta da língua” é uma experiência diária, como se eu quase tocasse uma verdade, mas ela me escapasse entre os dedos; Fumaça de Cachimbo. A verdade que busco e cuja ausência me perturba é Metafísica demais para postar aqui (ou chata demais para postar agora), assim, gostaria que nosso primeiro diálogo fosse sobre verdades e Verdade. Penso que a vida humana é edificada sobre muitas verdades, as quais não passam de opiniões consolidadas nos agrupamentos humanos por validade lógica, costume ou utilidade prática. Em meio a este mar de verdades alguns indivíduos tentam pescar a Verdade, algo que seja realmente profundo, que lhes sirva como substrato real, quiçá original, da vida, não mera convenção, dogma ou tabu. Seja uma divindade (ou algumas), a Força, o BigBang, o Google, etc. gostaria que os interlocutores discutissem, com respeito, mas sem timidez, suas verdades. Daqui não sairá um “V” maiúsculo, mas toda busca necessita do primeiro passo.
Uma das verdades que me persegue e perturba é a falta de cultura ou de respeito ao próximo que me deparo todos os dias. É o egoismo ou a simples forma de agir como se "não estou vendo isso" com que as pessoas tratam os acontecimentos a sua volta. É tão mais facil eu dizer q te odeio a dizer q te amo, é tão mais facil fazer cara feia ao alguem me dar uma bolsada num onibus cheio do que perguntar se a pessoa quer q eu segure, parece tão mais facil eu julgar alguem pela sua aparencia do que a aproximação pra tentar desvendar, de fato, quem é aquela pessoa. Enfim, essa verdade que me perturba essa falta de humanização, preocupação, compreensão, tolerancia e tantas outras palavras que poderia usar me faz pensar...sim, a minha parte ainda vale a pena, afinal se quero mudar algo, ou sendo mais atrevida, se quero mudar o Mundo...preciso começar por mim mesma e minhas atitudes talvez servirão de algum exemplo pra alguem que esteja ao meu lado ou ocupando o mesmo espaço que eu. Bjos maninho.
ResponderExcluirBoa Noite Ju, como vai? Não sei se existe alguma "tradição" no uso de Blog's que desaconselhasse a participar de comentários em minhas próprias postagens, mas como o maior objetivo é o diálogo espero que esta tradição, caso exista, não se aplique aqui. Gostei muito da interpretação que você deu ao meu pedido e da forma que respondeu. De fato, a situação que você apresenta é uma verdade vivida e assistida diariamente por qualquer um que tenha o mínimo de sensibilidade ao contemplar o mundo ao redor. A cultura do “sou esperto” ou “sou malandro”, tão difundida na sociedade, tem profunda conexão com o comportamento que você denuncia. “Recebi troco maior que o devido ao comprar o pão. Problema da caixa. Mais atenção na próxima”, “achei um objeto supostamente perdido, agora é meu! (mesmo que eu tenha alguma noção de quem seja o verdadeiro dono)”, “Uma idosa ou gestante visivelmente cansada está em pé no meu vagão. Não é problema meu; não estou no banco para este tipo de gente”, “mesma situação e eu estou no banco reservado. Tenho direito de estar aqui, trabalhei o dia todo (sentado, diga-se) e esta pessoa ‘deve’ estar apenas passeando”. As pessoas vomitam seus próprios “direitos” sobre todos à volta, mas nunca pensam em seus DEVERES ou nos direitos dos outros. Espero sinceramente que mais pessoas compartilhem deste “incomodo” que você sente. O ponto primordial do seu texto é quando diz “preciso começar por mim mesma e minhas atitudes talvez servirão de algum exemplo pra alguém que esteja ao meu lado ou ocupando o mesmo espaço que eu”. Assim como você, eu acredito que se uma única pessoa transformar sua postura ao ver meu comportamento, a vida terá valido a pena. Sei que isto não se resume a você e eu, portanto, temos um mar de aliados espalhados pelo mundo; cabe a nós encontrá-los e encorajados. Esta é a verdadeira missão dos indivíduos comprometidos com o “Tornar-se” Humano e , consequentemente, “tornar” (o outro) Humano.
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