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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Vidas Passadas - Conclusão

Para o terceiro pilar deste tripé investigativo, surge-me a dúvida se perspectiva "teológica" seria o termo mais adequado. Se, em momento algum, trato do Teo ("deus"), por que escolhi este nome? É certo que a Teologia, em si, admitiria esta aplicação, já que sua busca realmente transcende seu nome, mas para mim, que sempre favoreço o fundo semântico, em detrimento da aplicação usual, fica estranho. Não tenho justifica a não ser o fato de que a aplicação usual de "Teologia" se enquadra melhor que outros termos que me ocorreram.

Comecei falando de minha “iluminação”, do Buda e das vidas passadas. Em seguida examinamos fundamentações lógicas (nunca místicas, mas não completamente científicas) para uma visão mais racional das vidas passadas. Incluamos agora a iluminação do Buda. Primeiro, gostaria que percebesse a redundância desta última oração. "Buda" já significa "iluminado". Outra pergunta que deveria ter-lhe ocorrido é "qual Buda?", já que neste mesmo texto foi dito que somos todos budas. Quando digo "O Buda" refiro-me ao primeiro Buda histórico, Sidarta Gautama.
A literatura budista descreve a iluminação de Gautama como o momento no qual ele obteve plena compreensão de tudo. Inclui que neste processo ele tomou consciência de todas as suas existências passadas. Neste ponto eu me perco. Recordar consome tempo. Recordar cada detalhe de um minuto de vida consumiria um minuto revivendo mentalmente aquele período. Recordar uma vida consumiria o tempo de uma vida. Você poderia contestar dizendo que não foram vidas inteiras, mas fragmentos. O problema persiste: recordar fragmentos de infinitas vidas passadas consumiria tempo infinito. Você poderia procurar abrigo em algum conceito místico, dizendo, talvez, que o momento da iluminação do Buda ocorreu fora do tempo. Neste momento todo o último gole, despeço-me cordialmente e abandonado a mesa. Como disse, não abordaremos misticismo nesta reflexão.
Pergunte-se agora: e se este "recordar das vidas passadas" do Buda foi um evento de direito, não de fato? E se o caminho percorrido por sua mente não foi um passeio cinematográfico por infinitas histórias, mas simplesmente um "dar-se conta" simples como o das duas partes iniciais deste texto? Isto me parece, no mínimo, plausível.

Reflita um pouco: Enquanto passávamos por estas linhas talvez tenhamos juntos reproduzido o mesmo processo. Talvez. Se não, pelo menos paramos um pouco para admirar o espírito e o universo e isto já é caminhar rumo à iluminação.

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