A reflexão que segue
destina-se, inicialmente, ao Padawan Leonardo Correia, abrindo-se em seguida
aos aventureiros que dela desejarem participar. Para acompanhá-la é preciso,
antes, conhecer as fundações. Tudo começa com uma árvore...
Dia destes, no ônibus, à
caminho do trabalho, avistei uma árvore. Vejo-as todos os dias, às dezenas,
centenas (passo pelo Parque do Ibirapuera), mas aquela foi única. Nada (ou
tudo) de especial na árvore em si, mas a experiência interna contemplando-a foi
inédita. Numa única visão observei passado, presente e futuro (nada místico, alerto!
Simples esforço imaginativo). Via um vigoroso fluxo no qual água e nutrientes
eram capturados no solo pelas raízes, ascendiam pelo tronco e galhos,
convertiam-se em folhas, flores e frutos, caiam e decompunham-se, reiniciando o
ciclo.
Imediatamente vi sobreposto
ao ciclo a velha imagem dos campos magnéticos que os livros de ciência
mostravam na época de escola. Não quero dizer que o ciclo da vida nos vegetais
seja regido por regras do eletromagnetismo. Simplesmente segue fluxo
semelhante. Para criaturas minúsculas como nós, limitadas por definição, o
Universo parece infinitamente criativo. Parece-me, por outro lado, que seja
absurdamente repetitivo, vicioso até. O mesmo conceito de fluxo caracterizado
pela figura de elipses ou círculos unidos ao redor de um eixo comum o qual
tocam tangencialmente está em toda a parte. No ímã, na árvore, no ciclo da água
em nosso planeta, no furacão, não explosão atômica, no corpo humano (ilustrarei
esta ideia após concluir a presente reflexão, a qual talvez precise ser
dividida em partes), quiçá na formação do nosso universo ou na relação entre
universos (e é sobre isto que se debruça nossa reflexão).
Por ora reflita sobre o ímã
e a árvore. Depois assista o Mestre Sagan em https://www.youtube.com/watch?v=7JsgSmY95es
e reflita sobre aquilo. Precisaremos destes subsídios para que seja possível
seguir.
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