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segunda-feira, 27 de maio de 2024

Síndrome de Evangeline

Acabo de postular uma situação emocional que irei chamar "Síndrome de Evangeline".

A referência para a escolha deste nome é o filme "A princesa e o sapo", no qual um vagalume se apaixona por Evangeline a qual, na verdade, é uma estrela no céu, evidentemente inalcançável para o pequeno inseto.

Consideradas estas premissas, parece-me padecer da síndrome ora proposta o sujeito que se apaixona cronicamente por pessoas inatingíveis, evidentemente inalcançáveis, impossíveis de se conquistar, ou de notá-lo, ou de aceitá-lo, "estrelas no firmamento distante".

Este sujeito tende a rejeitar pessoas "reais", oportunidades adjacentes, às vezes declaradamente interessadas nele.

Parece-me haver algum tipo qualquer de medo do relacionamento efetivo (não escrevi errado. não era "afetivo"), qualquer conjunto de inseguranças, derivadas de infinitas causas anteriores, que levariam o sujeito a rejeitar reiteradamente estes entes adjacentes, posto que a mínima abertura poderia culminar em envolvimento, com todos os "e se's" que poderiam acompanhá-lo.

Rejeitar os relacionamentos possíveis e manter-se focado naqueles sabidamente impossíveis proporciona alguma segurança; a coisa não vai virar fato, portanto, nunca poderá acabar, ou magoar etc.

O amor não correspondido de Evangeline garante uma segurança administrável, um sofrimento calculado, já que um amor que você já sabia, a priori, que não seria correspondido, não pode te decepcionar. Ele é seguro naquilo que prometeu e entrega exatamente isso: nada.

Te absolve dos aborrecimentos do flerte, dos acordos, das concessões etc.

A longo prazo é um caminho triste, já que a sucessão das rejeições esconde um universo de possibilidades, nem todas desastrosas, mas o sujeito da síndrome não se deu a oportunidade das experiências.

É isso.

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