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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eu Apoio a Homofobia!!!

                Bergson ¹ nos mostra com frequência em seus textos que se pode dizer qualquer coisa, desde que antes você defina bem o significado do que está a dizer. Neste caso, gostaria de falar de minha idéia de homofobia, sem qualquer pretensão de alterar o vocábulo vigente, tão amplamente difundido e utilizado, mas tão somente para dispersar idéias e, a partir delas, fomentar discussões.
                Não sou nenhum doutor em grego, mas minhas memórias do tempo de graduação, enriquecidas pela agilidade do Google, evidenciam significados dos termos em questão aos quais gostaria de chamar a atenção. O termo “Homo” significa tão somente o “mesmo”, o “igual”, enquanto a “fobia” remete ao medo. Empregamos a fobia em relação ao medo irracional, mas pelo que me consta, por mais profundo que seja meu temor a algo, não lhe arrebento uma lâmpada na cabeça tampouco mordo-lhe a orelha. Não gosto do termo, mas para não perder tempo com discussões desnecessárias sobre a palavra “fobia” e seus empregos, o medo e suas reações, admitamos, por hora, o seu uso.
                Resta verificar o “homo”, justamente o termo que me interessa. Obviamente, o “homo” não está aí aplicado pelo seu significado específico, mas sim como abreviação de “homossexual”, portanto, indica algum temor ou repulsa ao homossexualismo. Se, por um momento, nos mantivéssemos fiéis ao significado específico de “homo”, então o “homofóbico” teria o referido temor ou receio para com seus iguais, seus pares. No ponto de vista da sexualidade o “homofóbico” temeria manifestações de sexualidade iguais às suas, portanto, o homossexual discriminando homossexual e heterossexual discriminando heterossexual.
Por outro lado, o termo “hetero” deveria ser entendido como “outro”, “diferente”, “diverso”, não como simples contração de heterossexual, assim, em MINHA visão, a Heterofobia seria o termo apropriado para tratar de assuntos de temor, receio ou repulsa ao DIFERENTE. No ponto de vista da atividade sexual, o heterofóbico teria receio contra indivíduos de prática sexual diversa da sua, portanto, heterossexual temendo (ou até mesmo rivalizando) homossexual e vice-versa.
Finalmente, sou levado a pensar que o termo Homofobia seria melhor aplicado SE evidenciasse um tipo de pessoa mais aberta, ou menos preconceituosa, pois totalmente apta a compreender o “hetero”, o diverso (nisto inclui-se o diverso em sua inclinação sexual, etnia, religião, concepção política, etc.), recearia (proponho um uso mais brando à “fobia”) o “homo”, o igual, o dado. Obviamente não se trata de propor um preconceito contra o idêntico, mas nesta capacidade máxima de compreender e tolerar o diferente perceberíamos que em última instância, no que se refere à individualidade humana, o “homo” nem existe!

Nota:¹ Henri Bergson (1859 – 1941). Filósofo Francês

5 comentários:

  1. Caro Marcelo, há tempos as pessoas tem medo do que, não consegue entender ou controlar, o que para muitos explicava tanta barbárie. Antes eram as bruxas, hoje são os homossexuais, fico com dúvidas, entendo que nos primórdios o interesse era da igreja, qual o maior medo era perder o controle. Hoje, a sociedade tem medo do que, o que tentam controlar? Para os que acreditam em Deus, gostaria de ressaltar que Deus é amor, e não se limitam ao amor de pai e mãe, homem e mulher. Para os que não acreditam, por que defendem algo que a igreja instituiu? Bem, o homossexualismo é muito antigo, mais antigo do que a Bíblia. Caso se questione sobre a promiscuidade, não esqueça que isso não é tão somente privilégio dos homossexuais, remete também aos heterossexuais e aos animais. A quem diga que os animais são irracionais, mas nenhum deles é homo fóbico. Quem são os irracionais nessa sociedade?

    Para concluir esse diálogo, gostaria de citar vários poetas e pensadores com frases propícias a esse diálogo, mas vou citar Caetano Veloso que, aliás, fará aniversário dia 7 de agosto.

    “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...”

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  2. Muito bom Larissa! Gostei!
    De fato a base de todo o preconceito está na irracionalidade descabida e o apego a dogmas os quais nem mesmo seus fundadores seguem mais!
    Gostei bastante de sua abordagem em relação aos crentes e não crentes, pois nos dois lados o preconceito é descabido e mesmo assim existe em ambos!

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  3. bom texto! Mais um belo texto!

    O texto trilha um caminho inusitado em seus bons argumentos. Quer me ater neste comentário ao que julgo mais suerficial no texto, que é ódio aos homossexuais. É um problema mais sério do que parece, e como todo bom problema social, tem raízes em coisas mais sérias, mas essas, ah, ninguém quer tocar.

    Então vivemos assim, pai e filho são espancados por andarem abraçados, ódio velado sendo propagado em presbitérios e púlpitos, pessoas problemáticas querendo liquidar no outro seus próprios problemas sexuais e muita gente querendo falar, e nunca escutar.

    Sei que o texto é mais rico, mas eu, no meu trabalho vejo o problema na intolerância sendo deliberadamente cultivado na juventude.

    Assustador.

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  4. Olá Marcelo!

    Primeiramente parabenizo-o pelo texto.

    Bem, você mesmo já viu o que tenho à dizer sobre o homossexualismo. Em termos mais usuais ou mais adequados, é mais ou menos o que comentou Newton ao dizer que trata-se de intolerância, e que sua origem reside principalmente nos costumes. Logo, tem de se transformar os costumes que são imutáveis, pois o mundo muda à todo momento, enquanto as tradições não permite mudanças.

    Grande abraço!

    Anselmo

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