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Há anos ocorrem ricos diálogos sobre Civilização Humana e Filosofia, Teologia, História e Cultura em geral! Tudo que possa interessar a alguém que espera da vida um pouco mais que outra temporada de BBB! Após diversos convites a tornar públicos estes diálogos, está feito! Quem busca uma boa fonte de leitura, por favor, NÃO VISITE este site. O que esperamos, de fato, é a franca participação de todos, pois não se chama “Outros Discursos”.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O que é integridade?


Uma breve conversa com uma amiga, via Twitter (com 140 caracteres não é possível uma conversa maior que “breve”), levou-me a uma reflexão acerca da responsabilidade paterna (e materna). Este texto não me parece inútil a quem ainda não é pai, já que trata também do “ser filho”, algo que todos são!
Fiquei pensando sobre o significado da palavra “Integridade”, pois embora seja tão comum o seu emprego em sentido moral, um sentido não tão empregado mas igualmente válido é o físico, uma vez que integro é o objeto inteiro, sem defeito, o antônimo de “fragmentado”. Esta dupla implicação da Integridade – Moral E Física – evidencia bem a responsabilidade dos pais para com seus filhos. Nosso papel é garantir-lhes Integridade neste sentido amplo, atendendo-lhes em sua formação moral e em sua manutenção física. O diálogo que travava com a Srta. Mariana levava à situações extremas, nas quais eventualmente o pai poderia ver em conflito estes dois níveis de integridade. Para facilitar a compreensão do que quero dizer, retomo uma conversa ainda mais antiga, travada com um colega de trabalho. Falávamos sobre corruptibilidade, tendo ele usado a imagem da Policia Federal. Pediu que eu me colocasse no lugar de um policial que, em investigação, aborda um traficante milionário ou um político influente, o qual me oferecia uma “Mercedes” ou algo do gênero em troca da fuga. Recusei prontamente a oferta; então veio o xeque-mate; “Recusa mesmo? Isto pode ser a faculdade do seu filho?”.
Qual a escolha adequada ao pai quando uma decisão para garantir a integridade física do filho entra em conflito com a integridade moral do pai? Como fica a responsabilidade do pai sobre a integridade moral do filho se ele permitir corromper-se? Qual será a reação do filho, depois de crescido, ao constatar que aquele que lhe ensinou a integridade moral abriu mão da própria? Relevará, ciente que o preço foi a própria integridade física? Manterá ele mesmo a própria integridade moral, depois deste evento, ou deixar-se-á levar pela máxima “Todos tem um preço”?
Retiro-me sem dar respostas! Estou aprendendo a ser pai, assim, espero que no diálogo que seguirá aqui encontremos pistas valiosas para o melhor “Ser Pai”, assim como o melhor “Ser Filho”!

2 comentários:

  1. Realmente é um exercicio escrever pelo twitter, debater assuntos importantes com 140 caracteres! rs. Acredito incondicionalmente em valores, e sofro bastante pq a maioria das pessoas, ignora isso. Sei que a maioria das pessoas diz ter um bom carater, seguir valores, mas a triste realidade é que elas interpretam o tempo todo. Ser integro, ou ter integridade é raro. E nossa conversa nos levou ao extremo, até quanto essa moral resiste, qual seu limite máxima, ou ainda qual seu infinto particular? E chegamos a possibilidade de ferir suas ideias para beneficiar um filho, infelizmente assumo que por necessidade extrema me "venderia" para dar o que comer ao meu filho. E vou citar algo que comecei via twitter. Há uma musica 20poucos anos, que eu sempre gostei, em especial pela aquela frase: NEM POR VC NEM POR NINGUEM, EU ME DESFAÇO DOS MEUS PLANOS... Eu sempre pensei assim... Mas quando se tem um filho a frase não faz mais sentido. EU ABRO MÃO POR VC, EU ME desfaço dos meus planos. Eu sou mãe.

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  2. Os filhos transformam nossa vida, personalidade, comportamento, planos, tudo! É impressionante! Muitas pessoas entram em nossas vidas e mudam, marcam um ou outro aspecto do nosso ser, mas nada é tão profundo quanto a chegada do filho. Nenhuma das "irreversibilidades" da existência é mais bem vinda quanto esta!
    Também tenho tenho em mente que se um dia a integridade física dele for colocada em risco e o preço para evitar isto for a corrupção de minha integridade moral acaberei cedendo, dando prioridade ao bem estar dele.
    Por outro lado, mantê-se a questão. Como ele, crescido e com os próprios valores formados (alguns, recebidos de mim), avaliará este evento?

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