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Há anos ocorrem ricos diálogos sobre Civilização Humana e Filosofia, Teologia, História e Cultura em geral! Tudo que possa interessar a alguém que espera da vida um pouco mais que outra temporada de BBB! Após diversos convites a tornar públicos estes diálogos, está feito! Quem busca uma boa fonte de leitura, por favor, NÃO VISITE este site. O que esperamos, de fato, é a franca participação de todos, pois não se chama “Outros Discursos”.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Fiat Água!

      Tudo tem dois polos e infinitos graus de um polo ao outro. A ideia dos Cinco Elementos não foge desta regra e pode/deve ser interpretada em sentido relativo e absoluto. Vem comigo!

      A interpretação em sentido relativo é a mais comum e é por ela que diversas religiões e escolas reconhecem os Cinco Elementos ao nosso redor, em suas formas puras de fogo, ar, água, terra e Akasha (este por mistério, não por empirismo), suas variações em infinitos graus (exemplo, o frio deste inverno é apenas uma manifestação do fogo em grau específico) e suas misturas dando origem a tudo à nossa volta. Me agrada esta visão, não a vejo em conflito com a ciência moderna nem com a tabela periódica e me insiro nesta forma de ver o mundo sempre que possível.

      A Leitura dos Cinco Elementos em seu significado absoluto é mais complexa e, por isso mesmo, mais rara. Refere-se à compreensão sobre os diversos planos de existência possíveis (alerta: estamos em campo demasiadamente metafísico. Se o tema não te apetece pode ser prudente não seguir com a leitura. A amizade continua. Nos encontraremos em outras reflexões). Por "planos de existência" leia como lhe convir: dimensões, frequências vibracionais, céus, etc. Independente de vossa religião ou escola, o senhor compreenderá (salvo um materialista extremista) os diversos graus ou níveis possíveis de existência, sendo este, material, no qual estamos, o mais grosseiro, e um aumento progressivo de sutileza, ou redução de materialidade, até chegamos à plenitude da sutileza imaterial de Deus (qualquer deus. Todos os deuses).

      Ora, nesta leitura absoluta o mundo estritamente material que nos rodeia é Terra. A tabela periódica é terra. Fogo, ar e água são, terra, terra e terra.

      O leitor, se minimamente aberto às leituras mais subjetivas da vida, terá que admitir um segundo elemento, um outro plano de existência, uma outra frequência e forma de ser, que é a mente. A mente, naturalmente fluída, muitas vezes arisca e tempestuosa, contida pela matéria/terra e, ainda assim, frequentemente editando-a enquanto transborda, é Água. Todas as tuas criações mentais, sonhos, desejos, medos, alucinações, são água. Se sonhas com fogo, imaginas ar e se lembra de terra, tudo aí é água, água e água.

      Se és minimamente inclinado a extrapolar materialidade e subjetividade materialista, aceitará que para além do corpo físico e da mente (corpo mental) existimos como consciência. A consciência é capaz de penetrar e direcionar mente e corpo assim como encontramos ar na água e na terra. Ela pode definir ativamente características destes outros dois ou ficar passivamente contida, dependendo de nosso grau de "despertamento". Consciência é Ar.

      Para além desta consciência imediatamente que eventualmente vislumbro e em cujo domínio procuro manter-me, sempre falhando e caindo para a lama (água + terra) do mundo físico e mental, há uma consciência plena, pura, ativa e incorruptível. Este nível profundo, acessado por budas, santos, deuses e daemones é Fogo.

      Para além deste está Deus (qualquer deus. Todos os deuses) e a substância de Deus é Akasha.

      O processo pendular da existência trouxe Akasha ao mundo e o estendeu nos quatro outros elementos (em sentido relativo E em sentido absoluto) dos e nos quais se desenvolve todo o drama da existência que assistimos e no qual atuamos; enquanto isso o pendulo segue sua rota de retorno ao uno.

      Reconhecendo todas estas características e níveis, compete ao Alquimista (nome que me pareceu mais apropriado para retiramo-nos das religiosidades convencionais sem pretendermo-nos cientistas acadêmicos) , seja o aprendiz, seja o mestre, assumir conscientemente seu papel no movimento pendular rumo a Akasha.

      Impossível que é de transmutarmo-nos imediatamente no uno, convém abraçar ao menos o primeiro passo.

      Retira-te da terra (ou ao menos afrouxa tua tão profunda identidade com a matéria densa).

      Fiat água!

      Só depois de concluído este texto ocorreu-me sua fácil identificação com diversas "mitologias" sobre a criação do homem. A receita de lama (Terra+Água) posta em movimento pelo sopro (Ar) da divindade (Fogo e Akasha).

P.S.: Estudo específico sobre "Fiat" em produção

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