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quinta-feira, 30 de junho de 2022

#Verborragia: Penteado

Para entender o motivo da Verborragia clique aqui (Por favor Participe! É grátis e fará um [pseudo]autor muito feliz!). A palavra de hoje é "Penteado". Meu Deus; veja as enrascadas nas quais a aleatoriedade me mete.

Uma pessoa que me conheça sabe que a probabilidade deste texto converter-se em uma análise sobre estética é quase nula, assim, anule desde já qualquer expectativa a este respeito. Por outro lado, parece-me haver significado para extrair da figura da estrutura capilar.

Cabelos são estruturas tubulares produzidas a partir de um tipo particular de pele (couro cabeludo) e projetados no ar, crescendo interruptamente (salvo em caso de calvície; ai de mim). Há alguma ordem na origem, parece -me, pois surgem em intervalos (espaciais) mais ou menos regulares, raramente encravam, nunca vi nascerem dois fios de um único folículo. A ordem da origem, porém, parece se perder no espaço (e como não nascem em segundos, no tempo), e se não forem cuidados de determinada maneira, podem se emaranhar de forma irreversível.

É particularmente significativo que os deuses (ou a aleatoriedade) tenham colocado-os na cabeça, origem também dos pensamentos. São uma alegoria perfeita para a mente.

Os pensamentos nascem mais ou menos espontaneamente, engendrados por eventos externos e/ou pensamentos anteriores. Conforme as características particulares de cada indivíduo eles se desenvolvem de maneira mais ou menos organizada, inclinado -se à perfeição ou ao caos.

Pensamentos totalmente impróprios (não pecaminosos. Sem puritanismo aqui, parceiro. Refiro-me aos pensamentos verdadeiramente danosos ao indivíduo que os acolhe) podem mergulhar e prosperar neste emaranhado, como piolhos e outros parasitas. O emaranhado, virtualmente patológico, torna-se efetivamente não solucionável. No cabelo real, atingido um limite destes, a solução acaba sendo o corte total e algum nível de comprometimento pelos cuidados a partir dali. Mas e na mente? Não se pode corta-la.

É neste ponto que surge o absurdo desejo da atualidade de eliminar a mente. Leitores superficiais (geralmente até indiretos) das culturas orientais decidem que o mal do século, a origem de toda a dor subjetiva, é a mente e partem em cruzada contra ela.

Meus queridos! Teus lindos cabelos são resultado de milênios de evolução. Existem para ser mostrados (salvo em caso de calvície. Ai de mim). Tua mente também é fruto de profunda e antiga evolução. Desejar elimina-la é pecado mortal: ai de ti.

Há de se aprender a cuidar da mente, não hostilizá-la, tal qual fazem com seus cabelos. Carinho, frequência e respeito: o que cabe para um tipo de cabelo nem sempre se aplica a outro; vale pra mente também. Abraçados estes passos não há regras, seja para o penteado, seja para a existência subjetiva.

Vai ficar bonito? Depois vocês me contam.

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