Em 22/07/2023 eu publiquei lá no Twitter (@phdcelo): "Fiquei com vontade de escrever um texto com a análise conceitual da relação entre 'desse' e 'desce'!". Vamos ver no que dá!
Tanto "Dá" quanto "desse" são formas de conjugação do verbo "dar", esse mesmo verbo que te fez entrar aqui pronto para protestar contra o erro gramatical do título do presente texto. Testo sua paciência com minha escolha de palavras. Parece-me que você falhou (caso o protesto fosse, de fato, a sua motivação).
Deu-te vontade de protestar (ou apenas ler); deu-me vontade de provocar (quiçá escrever).
Mas e quando a vontade desvanece? E se a vontade desce?
Desce teu ímpeto de entrar aqui, de ler, de protestar. Desce meu empenho em escrever, refletir, pesquisar.
Desse jeito não sei para onde vamos, sem protesto, leitura, ou diálogo, desvanecemos.
Se desce a vontade, perdemos a força, o empenho, o começo, o caminho.
Se desce a vontade, com ela decresce o fato, o ato, só cresce o mato.
Perdemos o texto; se desfaz o testo, com ou sem, "pre", com ou sem "pro", com ou sem "sempre", com cem desculpas, sem qualquer ato.
Se desce vontade, todos os "se's" se tornam nunca; Ah! Se desse vontade, nunca "se", sempre feito! Ainda que não perfeito.
Se desse vontade, refletiria, falaria, cantaria, correria.
Desse jeito, viveria a vida, desse ou não desse, como o menino que desce a ladeira; com a chefia ,"desce mais uma gelada"; Sol que desce no horizonte, do dia em que me desse vontade, ciente de tê-lo vivido, pleno, feliz, quiçá dolorido, mas feito.
Se desse vontade!
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