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Há anos ocorrem ricos diálogos sobre Civilização Humana e Filosofia, Teologia, História e Cultura em geral! Tudo que possa interessar a alguém que espera da vida um pouco mais que outra temporada de BBB! Após diversos convites a tornar públicos estes diálogos, está feito! Quem busca uma boa fonte de leitura, por favor, NÃO VISITE este site. O que esperamos, de fato, é a franca participação de todos, pois não se chama “Outros Discursos”.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

#Verborragia: Vertical

      Para entender o motivo da "Verborragia" por favor leia o início do texto "Inclusão". A palavra de hoje é "Vertical". O ser humano é um animal social, portanto, relacionamento é uma necessidade quase fisiológica.

      Como tudo mais em nossa existência, tendemos a deixar cada detalhe do conceito (e das possibilidades de) relacionamento cada vez mais complexas, tendendo à insustentabilidade. Interações inicialmente baseadas em "isso é para você", "eu te protejo", "pegue aquilo pra mim", "fuja!" foram progressivamente desdobradas em "é meu", "se sacrifique", "me dê isso", "venha!", etc.

      Embora qualquer diálogo sobre relacionamento nos leve, automaticamente, a pensar naqueles de natureza romântica (carência? Condicionamento? Imposição social?), refiro-me aqui a toda variedade de interações , até mesmo aquelas apenas presumidas (olha aí você pensando em amor platônico; refiro-me à espiritualidade, às interações com as divindades).

      Sou capaz de compreender (não de aceitar) que não seja possível um relacionamento plenamente horizontal, mas o ideal (platônico, não?) é que trabalhemos conscientemente e ativamente para que ele tenda à horizontalidade; Por outro lado, o que praticamos é o oposto, com a tendência crescente ao vertical.

      Conscientes ou não, voluntariamente ou não, colocamo-nos abaixou ou acima dos adjacentes, extraindo-lhes mais do que caberia receber em uma relação justa, ou cedendo em mais situações e aspectos do que seria emocionalmente salutar. Essa verticalização é produzida nos romances, nas interações familiares, nas relações profissionais e nas preces; oprimimos até mesmo as divindades, exigindo e exigindo coisas, como se o grande milagre da vida não fosse benefício suficiente.

      O objetivo deste texto não é criar um manual de horizontalidade, é lembrar-lhe da verticalização que sofres (ou que praticas; seja/torne-se responsável) para que você, ativamente, progressivamente, ajuste esta tendência.

      Olhe para as árvores! O olhar focado na imponência de um único exemplar nos leva à ilusão de que a floresta cresce para cima; isso é um erro de interpretação; o sucesso das florestas ocorre para os lados; o crescimento é horizontal; o sucesso é comunitário.

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